Começam ontem as provas do vestibular da UnB

domingo, 14 de junho de 2009

Especialistas lembram que candidatos ao vestibular da Universidade de Brasília, que se encerra amanhã, devem manter a tranquilidade neste momento

Publicação: 13/06/2009 07:58 Atualização: 13/06/2009 07:59

A hora chegou. Não adianta arrancar os cabelos ou tentar absorver conteúdos ainda não estudados. A dica para os candidatos ao vestibular da Universidade de Brasília (UnB) é manter a calma para enfrentar a concorrência acirrada. São mais de 24 mil inscritos a disputar as 3.280 vagas de 80 cursos oferecidos nos quatro campi da instituição — Plano Piloto, Planaltina, Ceilândia e Gama. As provas serão realizadas neste sábado e domingo, a partir das 13h, em 11 cidades do DF.

O gerente de Acesso à Educação Superior do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da UnB (Cespe), Paulo Portela, alerta: “Tentar aprender algo novo pode causar instabilidade emocional ou inquietude”. O segredo, para Portela, é concentrar-se no momento da prova. “A leitura dos enunciados e textos das questões auxilia no desenvolvimento do raciocínio”, conclui.

Há algumas recomendações para não perder a calma nos últimos momentos antes da prova. “Primeiro, o estudante não deve esquecer de levar os documentos exigidos e mais de uma caneta preta de corpo transparente. Outro cuidado é certificar-se do local onde fará o exame”, aconselha Portela.

Tentar ficar tranquilo para fazer uma boa prova é a meta de André Ricardo Vargas, 18 anos. Há seis meses, ele iniciou o pré-vestibular no Alub da 704/705 Norte para ingressar no curso de engenharia mecânica. Além das aulas a que assistia pela manhã, o candidato estudava todos os dias à tarde. Ele fará a prova do Cespe pela segunda vez e diz estar tranquilo para enfrentar a maratona de questões. “Hoje (ontem), só fui ao cursinho para me despedir de todos. Agora, acho melhor descansar, não vou aprender mais nada”, conta o estudante.

Segundo o professor de geografia do Alub Marcelo Lindinger, agora é o momento de relaxar. O candidato precisa dormir cedo e manter uma alimentação leve nos dias do exame. “Eles já se prepararam durante todo o semestre. Só precisam estar atentos às dicas que nós demos para fazer uma boa prova”, diz. Ele sugere que o candidato conheça o local onde vai fazer a prova antes, leve água e frutas para a sala do exame e não confira o gabarito antes do fim do processo de seleção. E o mais importante para o professor é a confiança. “O candidato precisa confiar nele mesmo”, conclui.

A estudante Letícia Quirino de Medeiros, 19 anos, pretende cursar ciência política. Há dois anos, tenta entrar na universidade e não mede esforços para atingir os objetivos. “No início, eu costumava sair para me divertir, mas na reta final só estou me dedicando aos estudos”, garante a candidata, que estudava de cinco a seis horas todos os dias. Às vésperas da prova, Letícia diz que não vai mais pegar nos livros. “Só vou revisar o conteúdo amanhã (hoje) se estiver muito insegura”, afirma.

Ansiedade
O friozinho na barriga, comum aos candidatos a uma das concorridas 3.280 vagas, não é de todo ruim, segundo a professora do Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento da UnB Regina Pedroza. “Essa situação faz com que o estudante se mantenha em estado de alerta”, justifica. Regina explica que cada um deve adotar o método mais eficaz para se preparar. “O vestibulando pode ler resumos se quiser se sentir mais seguro. Mas, se for para ficar apavorado e preocupado com o que não estudou, é melhor nem encostar nos livros”, aconselha. Para ela, o mais importante antes e durante a prova é manter o nível de concentração.

Por prestar vestibular somente para a Universidade de Brasília, uma das concorrentes ao curso de engenharia florestal Alane Ferreira Menezes, 18 anos, está ansiosa para fazer as provas. A estudante se dividiu, por um semestre, entre as aulas do cursinho e os estudos na biblioteca.

À noite, Alane ainda tinha disposição para revisar tudo o que aprendera durante o dia. Apesar de toda a preparação, ela confessa estar nervosa. “Eu quero estudar, mas não consigo mais. Acho que vou revisar alguns assuntos para ficar com a consciência tranquila”, diz. Assim como Alane, Danielly Gomes de Freitas, 18, Mateus Machado Ramiro, 17, Tamara Mendes, 18, e Kaio Lucas Machado, 17, assistiram à aula na manhã de ontem e, à tarde, ficaram no cursinho para tirar dúvidas.
Fique atento

Calendário
# Gabaritos oficiais preliminares — 17 de junho
# Resultado da primeira chamada — 9 de julho
# Registro de calouros da 1ª chamada — 13 e 14 de julho
# Resultado da 2ª chamada— 17 de julho
# Registro de calouros da 2ª chamada — 22 de julho
# Datas das provas - Hoje e amanhã

Horário
As provas terão início às 13h e duração de cinco horas. O Cespe pede que os candidatos cheguem ao local do exame com uma hora de antecedência

O que levar
Documento de identidade original, comprovante de inscrição ou de pagamento e caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente

O que não se pode levar
Aparelhos eletrônicos (celular, laptop, máquina fotográfica, etc.) relógio, óculos escuros, boné, gorro, lápis, lapiseira e borracha

Provas
# 1º Dia: Partes 1 e 2 da prova objetiva e redação. Serão 150 itens com foco em língua estrangeira, língua portuguesa, literatura, geografia, história, artes, filosofia e sociologia

# 2º Dia: Parte 3, com 150 itens de matemática, química, biologia e física

Total de vagas
O número neste vestibular aumentou para 3.280 — 552 a mais do que no último exame. Do total, 652 são reservadas para o sistema de cotas. Elas serão disputadas por 24.024 inscritos

Locais de provas
Os locais de prova em cada cidade são definidos por ordem alfabética e podem ser conferidos no site do Cespe: www.cespe.unb.br/vestibular/2vest2009

8,7% dos candidatos faltam ao primeiro dia de provas do vestibular da UnB

Publicação: 13/06/2009 16:01 Atualização: 13/06/2009 21:08
A abstenção do primeiro dia do 2º vestibular de 2009 da UnB foi de 8,7%. Um total de 2.078 ausentes, entre os 24.024 concorrentes às vagas nos 80 cursos oferecidos pela universidade. As avaliações tiveram início às 13h. São oferecidas, ao todo, 3.280 vagas.

Nas provas deste sábado, além da redação, os candidatos respondem a 150 itens da prova objetiva da área de humanas. No domingo, os 150 itens são de física, matemática, química e biologia.

Para garantir a segurança do processo, cada sala possui pelo menos dois fiscais, além de haver inspeção com detector de metais nos banheiros. No total, são 44 locais de provas, sendo 40 no DF. Os outros estão em Goiânia, Valparaíso, Uberlândia e Formosa.

As provas terão duração de cinco horas. 196 canditados terão atendimento especial. Desses, 88 são por motivo de algum tipo de deficiência. O restante, por motivos religiosos, em que o horário das provas é diferenciado.

O CorreioBraziliense.com.br irá divulgar ainda hoje o gabarito comentado das provas, resolvido por professores do Galois.

Quando estimuladas, crianças desenvolvem o gosto pelo hábito da leitura

Publicação: 14/06/2009 10:01 Atualização: 14/06/2009 10:07
Era uma vez um lugar onde os principais leitores eram crianças e seus escritores favoritos contavam histórias sobre uma boneca de pano falante (Sítio do Pica-Pau Amarelo) ou as aventuras de um garoto endiabrado (O Menino Maluquinho). Parece distante? Não precisa ser. No Jardim de Infância da 308 Sul, isso já é realidade. Pelo menos duas vezes por dia, as crianças ouvem histórias contadas pelas professoras e, apesar de ainda não saberem juntar as letrinhas, levam livros para casa toda quarta-feira e só os devolvem na sexta.

Nesses dois dias de empréstimo do acervo da escola, elas aprendem a cuidar dos livros, ensaiam os primeiros movimentos da paixão pelas narrativas e instigam a família a participar da vida escolar dos pequenos alunos. Os pais de Rafael Emídio, de 4 anos, por exemplo, leem frequentemente histórias do Homem Aranha e do Batman para o garoto. “São as minhas favoritas, porque quando eu crescer vou ser super -herói”, garante ele.

A experiência da escola com a Biblioteca Corujinha — batizada por um aluno da alfabetização — já existe há 15 anos. De lá para cá, muitos leitores foram formados. “Quanto antes a gente começa a incentivar a leitura, melhor, porque os mais novos estão mais abertos à fantasia”, observa a diretora da escola e responsável pelo projeto, Maria Velderez Moraes.

Não é apenas a diretora que defende a iniciação precoce da leitura. Catarina Pereira Andrade, de 4 anos, não sabe ler. Mas adora levar para casa os livros da Branca de Neve. No primeiro contato com a Biblioteca Corujinha, acabou danificando as páginas. Hoje, três meses depois, folheia o livro com carinho e atenção e aprendeu a “ler” os desenhos. Tanto que é capaz de contar a história toda misturando imaginação e interpretação. “Nos primeiros contatos, é normal que os alunos risquem as páginas ou até rasguem um pedacinho do livro. Poucos dias depois, já se criou uma relação de amor. Foi isso que aconteceu com Catarina”, observa a professora Kátia Falco.

Catarina não sabe, mas, além do incentivo à leitura e à criatividade, a prática de contar histórias aumenta o repertório verbal e o nível de participação dos alunos em sala de aula e melhora a capacidade de escuta e atenção. “A história transmite valores éticos, sedimenta conhecimento e aconselha”, afirma a psicóloga Beatriz Lima Silva.

O Correio ouviu especialistas e professores para ajudar a desenvolver o hábito de leitura da garotada. E todos alertam: quanto antes começar o contato com as histórias, maior a capacidade de argumentação e de interpretação desenvolvida.

As narrativas sobre princesas, heróis e outras fantasias mexem com o imaginário da turminha e ajudam a desenvolver o hábito da leitura. “Ao entrar no universo infantil, o adulto fascina a criança”, observa a pedagoga Maria Machado Campos. Elas adoram ouvir histórias. Ficam na expectativa de saber se a princesa de cabelos dourados vai fugir da torre. Torcem pelos irmãos que enfrentam a bruxa malvada. “Os pais deveriam ler sempre para os filhos”, completa. Pesquisa recente do Observatório do Livro e da Leitura (OLL) mostra que as crianças leem muito no Brasil: 6,9 livros por ano, na faixa entre cinco e dez anos, e 8,5 livros por ano, entre 11 e 13 anos. (veja arte)

Robson Coelho Tinoco, doutor em literatura brasileira e professor do Departamento de Teoria Literária e Literatura da Universidade de Brasília (UnB), destaca que o incentivo deve vir de casa, primeiramente. “A criança que cresce em um ambiente em que os pais leem tende, naturalmente, a ter uma relação com a leitura mais natural, aproximada de seu dia a dia, em que o objeto livro passa a ser tão rotineiro como, por exemplo, sua bola, a boneca, a televisão da casa, o animal de estimação”, observa. “O segredo, pois, é o que o livro não possua, para a criança, essa aura imaculada de objeto raro, intocável, quase invisível.”
O interesse de cada um

# Até os 3 anos, a garotada assimila melhor enredos
com crianças, bichinhos, brinquedos ou animais
com características humanas, ou seja, que falam e têm sentimentos.

# Dos 3 aos 6 anos, as histórias devem abusar da fantasia com reviravoltas no enredo e também de crianças ou animais como personagens. Os contos de fada são imbatíveis.

# Aos 7 anos, leia aventuras em ambientes conhecidos, como a escola, o bairro, a família. As fábulas continuam em alta.

# Aos 8 anos, as fantasias mais elaboradas (Mágico de Oz, Alice no País das Maravilhas, Harry Potter) são ideais.

# A partir dos 9 anos, histórias de explorações, viagens,
invenções e enredos humorísticos prendem
a atenção, assim como os contos de mitos e lendas.

Fonte: Vania Dohme, no livro Técnicas de Contar Histórias

Mais velhos leem menos

Quanto mais velhos os brasileiros, menor o gosto pela leitura. De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada no ano passado, que ouviu 5.012 pessoas no país, as crianças são as que mais leem e os idosos são os que menos passam tempo com as histórias. Para se ter uma ideia, os entrevistados com mais de 70 anos admitiram ler, em média, 1,3 livro por ano.

Além disso, segundo o estudo pelo Observatório do Livro e da Leitura, dois em cada três leitores se recordam dos pais ou adultos envolvidos com livros em casa quando ainda eram crianças.

Na mesma proporção, quem não tem essa lembrança da infância também não desenvolveu o hábito. No perfil também fica claro a importância do maior poder aquisitivo entre os leitores. Quase 80% deles têm formação e ganham mais de 10 salários mínimos. Nada menos que 75% da classe A e 74% da classe B disseram ter hábito da leitura.

Preço alto
Robson Coelho Tinoco, doutor em literatura brasileira e professor do Departamento de Teoria Literária e Literatura da Universidade de Brasília, lembra que, comparado ao preço de um litro de leite, ao de 10 pãezinhos franceses e até mesmo ao valor do salário mínimo, um livro custa caro, ainda que seja alta a produção nacional.

“Para se ter uma ideia, em 1998 gastou-se por volta de US$ 1,81 bilhão de dólares na aquisição de livros, com 20% desse montante sendo feito por governos municipais, estaduais e federal; em 2000, gastou-se US$ 2,06 bilhões na aquisição de 334 milhões de livros, com 40% de compras governamentais”, cita.

Professor só receberá 14º se nota de aluno melhorar

Publicação: 08/06/2009 08:21 Atualização: 08/06/2009 08:26
Ainda é cedo para dizer quem dos 41 mil servidores vai ganhar o 14º salário em dezembro deste ano na rede pública de ensino, mas as cartas já estão marcadas. O resultado do Sistema de Avaliação de Desempenho das Instituições Educacionais do Distrito Federal (Siade) servirá de base para que professores, diretores e funcionários administrativos recebam o Pró-mérito, nome dado ao abono a ser pago aos servidores que conseguirem melhorar o desempenho dos alunos em sala de aula. Além da evolução nas notas de cada escola nas provas de ciências, português e matemática, também serão avaliados outros dois critérios do Siade: queda nos índices de repetência e de evasão escolar. Esses números também já foram definidos a partir da comparação dos censos escolares de 2007 e 2008.

Os professores e diretores do Centro de Ensino Pipiripau II, por exemplo, devem receber o dinheiro. Além de ter se destacado nas avaliações dos estudantes no Siade, a escola conseguiu reduzir o conjunto repetência/evasão de 40% em 2007 para menos de 10% no ano passado.

Em 2010, além do abono, a avaliação será utilizada como critério na eleição para diretores de escola. Quem não melhorar nesses três quesitos ficará impedido de concorrer à reeleição. “O compromisso assinado pelos gestores após a eleição direta dizia claramente que as metas de bom desempenho deveriam ser cumpridas”, observa o secretário de Educação do DF, José Luiz Valente. Segundo ele, a única exigência do governador José Roberto Arruda é que cada escola seja comparada com ela mesma para evitar injustiças.

Na prática, quer dizer que o resultado de cada escola no Siade (veja o resultado completo no site www.correiobraziliense.com.br) deste ano só pode ser comparado com a última avaliação feita pela mesma escola. No caso de instituições de ensino fundamental, a comparação será com as notas do Prova Brasil, do Ministério da Educação (MEC). Quem melhorar recebe o 14º.

É o caso do Centro de Ensino Fundamental Caseb, na Asa Sul. No Prova Brasil de 2007, a nota foi de 249 em matemática, em uma escala que vai até 500. No Siade do GDF, o colégio ficou com 253 pontos. Já no caso do Centro de Ensino Fundamental Polivalente será necessário observar outros índices. Nos dois exames, a nota foi praticamente a mesma em português e em matemática, 257 e 280 pontos, respectivamente.

Para as escolas de ensino médio, a comparação será com o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), também do MEC. A partir de 2010, o parâmetro será sempre feito com o Siade do ano anterior. A próxima rodada de avaliações do GDF nas escolas começa em outubro para definição das notas referentes a 2010.

Exceções
No caso de alguma instituição não ter sido avaliada no Prova Brasil ou no Saeb, um outro critério será criado pela comissão que trabalha na regulamentação da lei do 14º salário. É esse grupo da Secretaria de Educação que irá definir também o valor a ser pago. Até agora, a principal proposta prevê o pagamento de um salário integral.

O Sindicato dos Professores (Sinpro) será convidado a participar da regulamentação da lei, que deve estar pronta em, no máximo, dois meses. No entanto, a entidade é contra o decreto. “O 14º favorece apenas uma minoria dos professores e cria uma competição entre os alunos e docentes”, argumenta Antônio Lisboa, diretor do Sinpro. De acordo com ele, será recomendada à categoria na assembleia que ocorre amanhã a votação pela devolução do dinheiro, no caso dos profissionais que receberem o salário extra.

De acordo com o secretário de Educação, os servidores que atualmente estão nas regionais de Ensino e na sede da secretaria também terão direito ao extra no fim do ano. Mas, nesses casos, o pagamento dependerá do desempenho das escolas do DF, e não do próprio esforço. O 14º salário só será concedido aos que trabalham nas diretorias regionais de ensino se pelo menos 70% das instituições vinculadas a essas regionais alcançarem os índices previstos.

Moradores da Casa do Estudante da UnB reclamam da situação das moradias

Publicação: 08/06/2009 17:09 Atualização: 08/06/2009 17:29
Cerca de 30 alunos que vivem na Casa do Estudante Universitário da Universidade de Brasília (CEU) aguardam reunião com o reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Junior, para apresentar uma pauta de reclamações sobre as condições do CEU. Os alunos estão em assembléia na sala de Atos, na reitoria da universidade, aguardando audiência com José Geraldo.

Entre as reivindicações está a reforma do alojamento, aumento da segurança e melhora do transporte no local. Os estudantes também querem ter mais participação nas decisões sobre o CEU. O reitor informou que está aberto ao diálogo e que vai receber os alunos.

Alunos exigem afastamento de decana e ocupam sala da reitoria da UnB

Publicação: 08/06/2009 21:59 Atualização: 08/06/2009 21:59
Cerca de 40 alunos continuam na Sala de Atos na Reitoria da Universidade de Brasília (UnB). Os alunos ocuparam a sala durante a tarde desta segunda-feira (8/6) para protestar contra a situação da Casa do Estudante Universitário (CEU). Os moradores apresentaram uma pauta de reivindicação ao reitor José Geraldo de Sousa Júnior.

Entre os itens estavam o pedido de reforma do alojamento, o aumento da segurança no local, a melhoria no sistema de transporte e maior participação nas decisões sobre o CEU. Na lista os alunos também pediam o afastamento da decana de Assuntos Comunitários, Rachel Nunnes.

Foi o afastamento da decana que causou polêmica e depois de o reitor dizer que esse ponto não estava aberto para discussão os alunos decidiram passar a noite no local.

O episódio lembra a ocupação da reitoria por alunos depois das polêmicas envolvendo o ex-reitor Timothy Mulholland. A reitoria da universidade, inclusive o gabinete do reitor, foram ocupados por 13 dias durante o mês de abril do ano passado. Os alunos exigiam a renúncia de Timothy.

Teste de qualidade pode fechar escolas no DF

Assim como ocorre nas escolas públicas, alunos dos colégios particulares terão conhecimento testado pela Secretaria de Educação. Instituições que forem mal, de forma reincidente, podem ser descredenciadas

Publicação: 09/06/2009 08:39 Atualização: 09/06/2009 08:49

Pela primeira vez na história da educação do Distrito Federal, as escolas particulares vão passar por uma avaliação da qualidade do ensino antes de receber o documento que permite que elas continuem funcionando. A novidade faz parte do Sistema de Avaliação de Desempenho das Instituições Educacionais (Siade) que, este ano, monitorou apenas as escolas públicas e servirá como base para o pagamento do 14º salário dos professores e funcionários da rede de ensino do governo.

No próximo Siade, além dos estudantes das escolas do GDF, os alunos matriculados nas séries pares do ensino fundamental — da segunda à oitava — e no 3º ano do ensino médio das instituições privadas farão provas de ciências, matemática e português. As notas serão divulgadas junto de um boletim de desempenho que enquadra os colégios em quatro parâmetros: acima do esperado, esperado, básico e abaixo do básico. Os colégios que ficarem, de forma reincidente, abaixo do básico podem ter o recadastramento negado. O cadastro tem validade de cinco anos e, sem o documento, as escolas não podem dar aulas.

Atualmente, 428 escolas particulares funcionam no DF. Nem todas, no entanto, passarão pelo Siade imediatamente. No primeiro momento, apenas as que estão em vias de ter o cadastramento vencido serão obrigatoriamente testadas (veja lista ao lado). Na prática, isso quer dizer que os alunos das 68 escolas cuja permissão vence em 2010 passarão pelas provas em 7 e 8 de outubro. Os testes são feitos pela Cesgranrio. Os outros colégios só aplicarão os exames aos estudantes este ano caso seja de interesse da instituição. E a participação voluntária deve ser paga pela própria instituição. O custo da Cesgranrio é, em média, de R$ 50 por aluno.

Em cinco anos, todas as instituições privadas serão avaliadas. Os alunos de creches e de ensino infantil não farão provas. Nesses casos, a avaliação será feita por equipes da Secretaria de Educação, a partir de visitas pontuais.

De acordo com o secretário José Luiz Valente, o objetivo é garantir a qualidade da oferta da educação oferecida no DF também pelas escolas pagas. “O que vale para públicas tem que valer para particulares”, afirma. “E o resultado da avaliação vai interferir na forma que vai ser feito o credenciamento. Podemos fazer recomendações no primeiro ano às instituições que forem mal”, diz.

A secretária adjunta, Eunice Oliveira, completa: “Vamos agir como o Ministério da Educação faz quando as instituições de ensino superior ficam com notas inferiores à média, em casos de escolas que de forma cumulativa ficam com notas abaixo do básico”. Quando isso ocorre em faculdades, centros universitários ou universidades, o MEC atua com recomendações e, em caso de reincidência, com o fechamento dos estabelecimentos. Eunice Oliveira explica ainda que as notas de todas as escolas particulares serão divulgadas, assim como já ocorre com as públicas, para que a sociedade possa cobrar qualidade no ensino.

Opiniões
O diretor pedagógico do grupo Galois, Nei Vieira, elogia a iniciativa. “O confronto que existe quando todas as escolas são avaliadas é muito bom. Além disso, todo tipo de avaliação é fundamental até para reconhecer falhas e trabalhar para permanecermos entre as melhores”, diz. Já o diretor pedagógico do Sigma, Ronaldo Mendes, questionou o objetivo de se divulgar as informações e de se criar um ranking. “Uma certificação de qualidade é ótima proposta, mas a criação de uma competição não traz aspectos positivos. Além disso, a Secretaria de Educação não pode interferir na proposta pedagógica de uma instituição particular”, argumenta.

Os alunos do Galois farão a prova este ano, uma vez que o cadastramento do colégio vence no início de 2010. Já o Sigma deve ser avaliado só no fim do primeiro ciclo de cinco anos, já que foi recadastrado no ano passado. Quem também vai ser avaliado este ano é o Colégio Leonardo da Vinci. “Somos favoráveis a qualquer avaliação porque esse monitoramento ajuda a identificar onde está funcionando bem e onde está ruim”, avalia a orientadora educacional, Denyse Braatz.

UnB oferece 745 vagas para transferência facultativa

Publicação: 09/06/2009 10:29 Atualização: 09/06/2009 11:12
Estudantes de ensino superior que desejam se transferir para a Universidade de Brasília podem aproveitar a oportunidade. A UnB está oferecendo o triplo de oportunidades para que os alunos ingressem na instituição. No total, há 745 vagas disponíveis. As inscrições vão até o dia 19 de junho e o valor da taxa é de R$ 80.

O candidato que deseja concorrer às vagas precisa ter entre 20% e 75% do curso concluído e fará uma prova dissertativa de conhecimentos específicos e de Português. Além disso, não há mais uma etapa objetiva com provas de Matemática e de Português.

O processo de transferência facultativa sofreu mudanças em janeiro deste ano, devido à resolução do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE). Desde então, a Secretaria de Administração Acadêmica faz um levantamento semestral de vagas remanescentes de vestibular e dos desligamentos e transferências para disponibilizá-las a novos alunos. Clique aqui para conferir o edital do Cespe.

Veja a relação de vagas para cada curso

Administração – 26
Agronomia – 14
Arquitetura e Urbanismo – 1
Artes Cênicas – 3
Artes Plásticas – 21
Biblioteconomia – 5
Ciência da Computação – 13
Ciência Política – 11
Ciências Biológicas – 11
Ciências Contábeis – 24
Ciências Econômicas – 22
Ciências Farmacêuticas – 3
Ciências Sociais – 24
Computação – 30
Comunicação Social – 6
Desenho Industrial – 3
Direito – 19
Educação Artística: Música (Licenciatura) – 6
Educação Física – 12
Enfermagem – 9
Engenharia Civil – 13
Engenharia de Redes de Comunicação – 13
Engenharia Elétrica – 14
Engenharia Florestal – 13
Engenharia Mecânica – 15
Engenharia Mecatrônica – 11
Estatística – 10
Filosofia – 10
Física – 42
Geografia – 4
Geologia – 14
História – 11
Letras – 100
Matemática – 57
Medicina – 4
Medicina Veterinária – 3
Música (Bacharelado) – 7
Nutrição – 2
Odontologia – 4
Pedagogia – 53
Psicologia – 3
Química – 34
Relações Internacionais – 14
Serviço Social – 22

Calendário:
29/06 - Divulgação do resultado final da primeira etapa (análise de histórico escolar)
12/07 - Prova dissertativa de conhecimentos específicos e de Língua Portuguesa
05/08 - Divulgação e resultado final da segunda etapa
06 e 07/08 Registro e matrícula
Terceira etapa da seleção - Classificatória, somente para cursos que exigem apresentação de porta-fólio
06 e 07/08 - Análise do porta-fólio
14/08 - Divulgação do resultado final e matrícula dos aprovados

Com informações da Agência da UnB

Escolas de Samambaia ganham mais salas de aula

Publicação: 10/06/2009 13:41 Atualização: 10/06/2009 13:41
Duas escolas de Samambaia ganharam mais seis salas de aula, cada uma, na manhã desta quarta-feira (10/6). Ao todo, 640 alunos que moram perto das duas unidades e estudam em escolas mais distantes de suas casas - por conta da falta de vagas nesses colégios - serão beneficiados. Com mais espaço, as duas escolas poderão receber esses estudantes.

A primeira escola em que o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, esteve para a inauguração foi o Centro de Ensino Fundamental 507. O colégio, até então, tinha 12 salas de aula e capacidade para 1.315 estudantes. Com as novas salas – agora são 18 – a unidade receberá mais 240 alunos.

Depois, Arruda esteve na Escola Classe 412 – apesar do nome, funciona como Centro de Ensino Fundamental. Hoje, são 36 salas e 1,4 mil alunos. Com mais seis salas, a capacidade do colégio sobe para 1,8 mil estudantes.

Em cada colégio foi gasto R$ 283 mil. O governador se mostrou satisfeito em poder fazer a ampliação. “Assim poderemos melhorar o ensino dos alunos”.

Estudantes permanecem acampados na reitoria da UnB

Publicação: 10/06/2009 22:41 Atualização: 10/06/2009 22:41
Os 25 estudantes que estão acampados no Salão de Atos da Reitoria desde o dia 8 de junho deciram permanecer no Salão de Atos por mais uma semana. Os estudantes passaram a tarde em reunião analisando o termo de compromisso entregue pelo reitor José Geraldo de Sousa Junior na manhã desta quarta-feira (10/6).

Entre as propostas do termo de compromisso está a contratação de 390 profissionais para melhorar a segurança nos campus e o reajuste da bolsa permanência, equiparando o benefício ao valor do salário mínimo. A contrapartida dos alunos de baixa renda que recebem a bolsa é trabalhar. Diante da reclamação dos alunos, a gestão propôs que a atividade torne-se obrigatória apenas depois de um ano.

Os estudantes, moradores da Casa do Estudante Universitário, resolveram manter o movimento até a próxima quarta-feira, dia 17, quando será realizada uma assembleia geral de estudantes. O encontro discutirá a política de assistência estudantil, um dos principais pontos das reivindicações dos alunos acampados. Outro tema que será levado ao encontro é o recredenciamento da Finatec.

Os alunos ocuparam o Salão de Atos, no terceiro andar da reitoria, na segunda-feira depois de uma reunião com o reitor quando reclamaram do abandono da CEU. Entre os itens da pauta de reclamações estavam o pedido de reforma do alojamento, o aumento da segurança no local, a melhoria no sistema de transporte e maior participação nas decisões sobre o CEU. Na lista os alunos também pediam o afastamento da decana de Assuntos Comunitários, Rachel Nunnes.

Foi o afastamento da decana que causou polêmica e depois de o reitor dizer que esse ponto não estava aberto para discussão os alunos decidiram passar a noite no local.

O episódio lembra a ocupação da reitoria por alunos depois das polêmicas envolvendo o ex-reitor Timothy Mulholland. A reitoria da universidade, inclusive o gabinete do reitor, foram ocupados por 15 dias durante o mês de abril do ano passado. Os alunos exigiam a renúncia de Timothy.

Com informações da Agência UnB

Vestibulandos devem aproveitar feriado para relaxar

Especialistas aconselham estudantes a pegarem leve nos estudos às vésperas do exame, que ocorrerá no fim de semana. Mais de 24 mil candidatos disputarão as vagas

Publicação: 11/06/2009 08:34 Atualização: 11/06/2009 08:40

A dois dias de prestar o vestibular da Universidade de Brasília (UnB) pela segunda vez, a estudante Maíra Alves Lacerda da Silveira, 18 anos, não consegue relaxar. “Só vou deixar de frequentar as aulas do cursinho na sexta-feira (amanhã), e apenas porque meus pais pediram”, confessa a candidata ao curso de engenharia civil. Assim como a maioria de seus colegas, Maíra não se vê no direito de dar um tempo nos estudos antes da prova. Mas continuar estudando na mesma intensidade pode prejudicar o vestibulando, alertam especialistas.

Para a psicóloga Silvia Badra, que trabalha há cinco anos com alunos de pré-vestibular, o feriado de Corpus Christi veio bem a calhar. “Antes da prova, é preciso um distanciamento da matéria, inclusive para os estudantes poderem reconhecer aquilo que sabem ou não”, explica. Segundo Badra, a poucos dias da prova, o aluno não tem condição de aprender algo novo. “O que ele pode fazer é dar uma revisada no conteúdo, para sedimentar o que já aprendeu”, completa.

Neste semestre, a UnB oferece 3.280 vagas (552 a mais do que no último exame), que serão disputadas por 24.024 candidatos. A alta concorrência (a mais alta é a do curso de medicina, com 80,1 candidatos por vaga) preocupa os aspirantes a uma das vagas oferecidas pela universidade e cria uma cobrança muito grande por parte do próprio candidato e de sua família. “Prefiro manter a mesma rotina nestes últimos dias”, diz a estudante Cláudia Natália de Paiva Lameira, 21 anos, que tenta ser aprovada no curso de medicina há três anos.

Cláudia chegou a passar para o curso de nutrição logo que deixou o colégio, mas decidiu largá-lo e perseguir o sonho de ser médica. Para ela, ficar em casa, mesmo nos últimos dias, não é produtivo. O professor Cristovão Medeiros Rezende, coordenador de química do pré-vestibular Dínatos, também não aconselha os vestibulandos a ficarem em casa, mas por outro motivo. “Os familiares são torcedores”, explica Rezende.

Segundo o professor, a família acaba, de maneira indireta, cobrando dos vestibulandos uma certa postura mediante o grau de importância da prova. “Se o estudante revolver ficar em casa e tirar um cochilo, os pais podem achar que ele está desmotivado”, complementa. O mais importante para o professor é que o aluno não valorize o que não estudou, mas o que aprendeu. “Até em cursos mais concorridos, como medicina e direito, é possível ingressar dominando de 70% a 80% do conteúdo”, garante.

Descontração
A dificuldade dos vestibulandos para sublimar o compromisso do fim de semana por alguns dias é tão grande que os cursinhos de pré-vestibular passaram a criar estratégias de relaxamento. “Costumamos realizar uma grande apresentação a que os professores comparecem fantasiados, porque os estudantes desaprendem a se divertir”, conta Rezende. No pré-vestibular Alub, também tem festa. Os professores se fantasiam de super-heróis e dão dicas sobre a matéria das provas. “Muitos alunos já disseram que o conteúdo dessas dicas caiu nos exames”, diz a professora Jurema de Oliveira Benjamin, coordenadora de pré-vestibular do Alub.

Diretor pedagógico do Galois Pré-vestibular, Marcello Lasneaux considera que os alunos precisam ter autocrítica nestes últimos dias. “Se eles estiverem cansados, é hora de diminuir o ritmo. O mais importante é chegar inteiro na prova”, diz. Lasneaux lembra que o exame da UnB é muito cansativo e avisa que um aluno desgastado pode ter mais dificuldade para resolvê-lo.

O estudante Lucas dos Santos Althoff, 18 anos, pretende seguir a dica. “Nestes dois últimos dias, vou descansar em casa, mas continuo lendo meus resumos”, conta. O candidato ao curso de engenharia elétrica tenta o vestibular pela terceira vez e costuma reservar a última semana para revisar a matéria. “Aconselhamos os alunos a baixar um pouco o ritmo”, admite George Wesley Gonçalves, coordenador pedagógico do pré-vestibular Pódion. “Mas assistir às aulas de véspera mantém o conteúdo fresco”, completa.

No segundo vestibular do ano, o tempo é ainda mais exíguo. O resultado do primeiro exame de 2009 só saiu em fevereiro, o que significa que quem não passou só recomeçou a estudar em março, depois do carnaval. “São apenas três meses para dar uma matéria de três anos. É preciso relaxar antes da prova, mas não há muita margem para isso”, lamenta Ismael Xavier, diretor do Pódion.


SAIBA MAIS

Data das provas
.13 e 14 de junho

Horário
. As provas terão início às 13h e duração de cinco horas.

. O Cespe pede que os candidatos cheguem ao local do exame com uma hora de antecedência

O que levar
. Documento de identidade original

. Comprovante de inscrição

. Caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente

O que não se pode levar
. Aparelhos eletrônicos (celular, laptop, máquina fotográfica, etc.) relógio, óculos escuros, boné, gorro, lápis, lapiseira e borracha

Calendário
Gabaritos oficiais preliminares — 17 de junho

Resultado da primeira chamada — 9 de julho

Registro de calouros da 1ª chamada — 13 e 14 de julho

Resultado da 2ª chamada — 17 de julho

Registro de calouros da 2ª chamada — 22 de julho

Vagas
O número total de vagas neste vestibular aumentou para 3.280 — 552 a mais do que no último exame. Do total, 652 são reservadas para o sistema de cotas. O aumento no número de vagas é consequência da criação de nove cursos, como ciências ambientais e engenharia de computação, que recebem alunos pela primeira vez no próximo semestre. Agora, os vestibulandos podem optar por 80 cursos na UnB.

Locais de prova
A aplicação será feita em 11 cidades: Brasília, Brazlândia, Ceilândia, Gama, Planaltina, Sobradinho, Taguatinga, todas do DF, Formosa, Goiânia, Valparaíso, as três em Goiás, e Uberlândia (MG). Os locais de prova em cada cidade são definidos por ordem alfabética e podem ser conferidos no site do Cespe (www.cespe.unb.br/vestibular/2vest2009).

8,7% dos candidatos faltam ao primeiro dia de provas do vestibular da UnB

Publicação: 13/06/2009 16:01 Atualização: 13/06/2009 21:08
A abstenção do primeiro dia do 2º vestibular de 2009 da UnB foi de 8,7%. Um total de 2.078 ausentes, entre os 24.024 concorrentes às vagas nos 80 cursos oferecidos pela universidade. As avaliações tiveram início às 13h. São oferecidas, ao todo, 3.280 vagas.

Nas provas deste sábado, além da redação, os candidatos respondem a 150 itens da prova objetiva da área de humanas. No domingo, os 150 itens são de física, matemática, química e biologia.

Para garantir a segurança do processo, cada sala possui pelo menos dois fiscais, além de haver inspeção com detector de metais nos banheiros. No total, são 44 locais de provas, sendo 40 no DF. Os outros estão em Goiânia, Valparaíso, Uberlândia e Formosa.

As provas terão duração de cinco horas. 196 canditados terão atendimento especial. Desses, 88 são por motivo de algum tipo de deficiência. O restante, por motivos religiosos, em que o horário das provas é diferenciado.

O CorreioBraziliense.com.br irá divulgar ainda hoje o gabarito comentado das provas, resolvido por professores do Galois.

Justiça do Rio decide sobre sistema de cotas

Publicação: 31/05/2009 16:59 Atualização: 31/05/2009 17:00
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decide netsa segunda-feira (01/06), a partir das 14 horas, a manutenção ou não do sistema de cotas para ingresso nas universidades públicas do estado já no vestibular deste ano.

A Lei de Cotas no Rio de Janeiro. que garante o ingresso de estudantes negros, índios, egressos de escolas públicas e filhos de policiais e bombeiros nas universidades, foi suspensa no último dia 25 de pelo órgão especial do Tribunal de Justiça ao conceder liminar ação proposta pelo deputado Flávio Bolsonaro (PP) pela inconstitucionalidade da lei 5.346.

Neste mesmo horário, a União Nacional dos Estudantes (UNE) estará promovendo, em frente ao prédio do Tribunal de Justiça, no Centro da capital, uma manifestação em defesa da Lei de Cotas A presidente da entidade, Lúcia Stumpf, considera a suspensão da lei um retrocesso e, por isso, acredita que a liminar será derrubada.

Esperamos mobilizar muitos estudantes e que eles saiam s ruas para garantir que a gente não sofra esse retrocesso no Rio de Janeiro, o estado que foi pioneiro na implementação das cotas nas universidades públicas, demonstrando para todo o país que essa ação afirmativa é importante para garantir uma democratização do acesso a universidade brasileira, disse Lúcia.

A presidente da Une informou que os estudantes estão sendo convocados nas salas de aula por representantes da Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas (AMES-RJ), da UNE e UEE (União Estadual do Rio de Janeiro), e que não há dúvidas de que a resposta será positiva, já que os estudantes universitários e secundaristas têm uma boa avaliação da política de cotas.

"Eles têm a compreensão de que essa é uma política necessária neste momento para garantir uma universidade mais plural e aberta aos segmentos que hoje, muitas vezes, se encontram impedidos de ingressar sem esse apoio de cotas para as populações de baixa renda e negra, acrescentou Lúcia Stumpf.

O governador do Estado, Sérgio Cabral, já se manifestou a favor da lei de cotas e garantiu que se o Tribunal de Justiça não voltar atrás vai entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal.

Escolas públicas começam a escolher livros didáticos de 2010 a partir da semana que vem

Publicação: 02/06/2009 17:20 Atualização: 02/06/2009 17:20
Entre os dias 8 e 28 de junho, escolas públicas que oferecem as séries inicias do ensino fundamental terão que escolher os livros didáticos que serão utilizados entre 2010 e 2012 pelos estudantes desta etapa. Para orientar escolas e secretarias de educação, o Ministério da Educação (MEC) réune até esta quarta-feira (3/6) em Brasília gestores de 150 municípios do Norte e Centro-Oeste. Já foram realizados quatro encontros semelhantes em outras regiões.

Os guias que listam as obras disponíveis no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2010 já estão chegando às escolas. “Nós estamos fazendo todo esse trabalho de preparação para a escolha, orientando os gestores sobre como foi o processo de avaliação e quais as possibilidades oferecidas”, explicou a coordenadora-geral de materiais didáticos do MEC, Jane Cristina da Silva.

As obras que compõem o PNLD passam por uma série de triagens. Primeiro, as obras são pré-avaliadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e pela Secretaria de Educação Básica do MEC. Em seguida, comissões formadas nas universidades públicas avaliam o material do ponto de vista pedagógico. Após a escolha de um conjunto de livros para cada disciplina é a vez de a escola selecionar as obras que mais se adequam ao projeto pedagógico da unidade.

Em 2008, o FNDE adquiriu 103 milhões de exemplares de livros de diferentes disciplinas, com custo de R$ 719 milhões. Atualmente, o programa do livro didático atende 31 milhões de estudantes do ensino fundamental e mais 7 milhões do ensino médio.

A representante da Secretaria de Educação do município de Planalto da Serra (MT), Valquíria Carvalho, conta que, nas escolas, professores e diretores têm muita dificuldade para escolher as obras. “O material é muito vasto, por isso essa orientação é importante. A análise tem que ser bem aprofundada para que a gente não selecione um material inadequado”, apontou.

Segundo a coordenadora-geral de materiais didáticos do MEC, para compor o programa do livro didático, o materil precisa seguir alguns critérios, entre eles não veicular informações preconceituosas ou de cunho ideológico. “A obra precisa trazer os conceitos corretos e as informações atualizadas. Também precisa ter uma coerência teórico-metodológica, ou seja, textos de apoio e atividades do livro tem que seguir a mesma linha metodológica”, explicou.

Inscritos para Olimpíada Brasileira de Matemática chegam a 19 milhões

Publicação: 03/06/2009 18:41 Atualização: 03/06/2009 18:41
Neste ano, 19,2 milhões de estudantes da rede pública devem participar da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). O concurso, que já está em sua quinta edição, é direcionado a estudantes da 5ª à 8ª séries do ensino fundamental e do ensino médio.

O número de inscritos na olimpíada cresce a cada ano. Em 2005 foram 10,5 milhões de alunos de 31 mil escolas. Em 2009 participam 43,8 mil unidades de ensino em 99,1% dos municípios. A competição é realizada em duas fases: a primeira prova será em 18 de agosto e a segunda em 24 de outubro. A divulgação dos resultados está prevista para 11 de dezembro.

Assim como as diversas competições educacionais realizadas no país, a Obmep tem como principal objetivo incentivar o ensino da matemática e descobrir jovens talentos nas escolas. Os vencedores ganham medalhas de ouro, prata e bronze, além de bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para participarem do programa de iniciação científica da competição.

A Obmep é promovida pelos ministérios de Ciência e Tecnologia e da Educação, em parceria com o Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada (Impa) e a Sociedade Brasileira de Matemática. Mais informações no site da Obmep 2009.

Estudantes da Universidade Federal do Maranhão decidem se continuam invasão

Gregório Dantas

Publicação: 04/06/2009 11:19 Atualização: 04/06/2009 13:35

Os estudantes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) - que estão acampados desde quarta-feira (3/6), dentro da reitoria - foram surpreendidos, por volta de 1h30, desta quinta-feira (4/6), por um oficial de justiça e um procurador Federal da República que apresentaram pedido de reintegração de posse da reitoria.

De acordo com os coordenadores do movimento, a carta estava endereçada a seis estudantes e um trabalhador que se solidarizava com a ocupação. De acordo com informações da coordenadora do movimento, o corpo do texto da intimação estava cheio de equívocos, como a data da ocupação, que consta como se estivesse acontecido no dia 06/06/09 e com nomes de pessoas que não participaram do processo.

“Dois dos nomes citados na intimação não estavam e provavelmente nem sabiam da ocupação”, lembrou Rielda Alves coordenadora da ocupação.

A ocupação começou ontem, às17h30, em protesto contra a resolução do Conselho Superior de Ensino Pesquisa e Extensão (Consepe) da instituição, que determina uma mudança nos horários de aula.

Outras questões estão em pauta na discussão: a revogação imediata da UFMA ao Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e o cumprimento da reivindicação acordada no ano de 2006, onde foram impostas pelos alunos algumas exigências de melhorias na estrutura física da universidade.

Os estudantes permanecem na Reitoria até o presente momento e em poucos minutos farão uma Assembléia Geral de Estudantes que definirá os rumos do movimento.

Várias entidades estudantis apóiam o movimento: Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (ENECOS), Coletivo Barricadas Abrem Caminhos, Quilombo Urbano, Najup – Negro Cosme, além de estudantes dos Cursos de Ciências Sociais, Direito, Filosofia, Serviço Social, Matemática, Educação Física, História, Química, Letras, Geografia, Psicologia, Enfermagem e Associação de Professores da Ufma (Apruma).

Estudantes da USP protestam contra ensino a distância


Publicação: 04/06/2009 19:18 Atualização: 04/06/2009 19:18
Cerca de 400 estudantes da Universidade de São Paulo (USP) bloquearam o portão 1 da Cidade Universitária por volta das 16h, num protesto contra o curso de graduação a distância recém-criado pela universidade. Depois eles fecharam o cruzamento das Ruas Alvarenga, uma das principais vias do Butantã, e Afrânio Peixoto. Carros e ônibus ficaram parados. Motoristas desceram para discutir com alunos, enquanto outros apelaram para um buzinaço. Treze homens da Tropa de Choque da PM foram ao local e conseguiram liberar duas faixas da Alvarenga. Os alunos, então, recuaram.

Os manifestantes exibiram faixas contra a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), programa da Secretaria de Ensino Superior do Estado que coordena cursos à distância oferecidos pela USP, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Eles gritaram slogans contra a reitora da USP, Suely Vilela, como “Suely, a culpa é sua, hoje a aula é na rua” e “Suely, polícia não. A Univesp não é educação”.

No início da tarde, alunos colocaram uma faixa de 18 metros na Torre do Relógio, com os dizeres “Fora PM!”. “Pusemos a faixa aqui porque é uma ação mais contundente, dá para ver de qualquer parte do câmpus”, disse um estudante da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP que se identificou apenas como Julio.

Greve

Funcionários da USP decidiram manter a greve da categoria, iniciada há quase um mês, numa “assembleia” realizada às 12h30. O número de participantes do evento foi baixo, cerca de 200 pessoas. “Hoje é dia de pagamento”, tentou justificar Anibal Cavali, diretor de base do sindicato dos funcionários da USP. “O pessoal pega o dinheiro e sai para pagar contas.

Inscrições para bolsas do ProUni terminam nesta sexta

Publicação: 05/06/2009 08:34 Atualização: 05/06/2009 08:38

Até quinta-feira (4/6), o Ministério da Educação (MEC) recebeu 150 mil inscrições de estudantes interessados em disputar uma das 91 mil bolsas que o Programa Universidade para Todos (ProUni) oferece neste semestre. O prazo termina na sexta-feira dia (5/6), e os candidatos devem se inscrever exclusivamente pela internet até as 21h.

O programa oferece bolsas a alunos de baixa renda que queiram estudar em instituições particulares do ensino superior. Do total, 57 mil são integrais e 33 mil parciais, que custeiam 50% da mensalidade. As bolsas integrais são reservadas a estudantes com renda familiar de até um salário mínimo e meio (R$ 697,50) por membro da família. As bolsas parciais podem ser pleiteadas por candidatos com renda familiar de até três salários mínimos (R$ 1.395) per capita.

Para participar, o aluno precisa ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou em estabelecimento particular na condição de bolsista integral. O benefício também é estendido a pessoas com deficiência e a professores da rede pública. Para concorrer, o candidato precisa ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2008.

Nesta edição, o processo de seleção dos bolsistas vai ocorrer em duas etapas. No primeiro período, o Ministério da Educação (MEC) recebe as inscrições e vai pré-selecionar e divulgar os candidatos escolhidos em primeira e segunda chamadas até 15 de julho.

Após essa primeira seletiva, as inscrições serão reabertas, em 20 de julho, para preenchimento de vagas que sobraram da primeira fase, com previsão também de primeira e segunda chamada.

O calendário do processo seletivo, a ficha de inscrição, a distribuição das bolsas por estado e outras informações sobre o programa estão disponíveis no site do MEC, no www.mec.gov.br.

Professores da USP decidem aderir à greve

Publicação: 05/06/2009 09:39 Atualização: 05/06/2009 09:40
Em assembleia realizada nesta quinta-feira (4/6), o sindicato dos professores da Universidade de São Paulo (Adusp) decidiu a partir desta sexta-feira (5/6) aderir à greve iniciada pelos funcionários há um mês. Cerca de 80 docentes votaram a favor da paralisação, 9 foram contra e houve 9 abstenções. Além da pauta de reivindicação salarial, eles protestam contra a presença da Polícia Militar no câmpus, chamada para cumprir uma ação judicial de reintegração de posse da reitoria, que teve as entradas bloqueadas por funcionários.

Os sindicatos esperam conseguir maior adesão à greve - no total, há 15 mil funcionários e 5 mil professores da USP. Até agora, a maior parte das atividades no câmpus aconteceu normalmente, com a paralisação restrita a algumas atividades. A reitoria estima que 10% dos funcionários aderiram à greve - segundo o sindicato, são mais de 70%. À noite, um grupo de estudantes ligados ao DCE aprovou em assembleia greve a partir de hoje.

Anteontem, a reitora Suely Vilela se reuniu com representantes de alunos, professores e funcionários, mas não chegaram a um acordo. Ela restringiu o retorno à negociação ao fim dos bloqueios nas entradas de prédios, como os museus, o Centro de Práticas Esportivas e a creche. Os manifestantes pediam a retirada da polícia. Hoje, professores terão uma nova reunião com a reitora.

O impasse na USP agravou-se no dia 25, quando estudantes ocuparam a reitoria e outros prédios. A reitora recorreu à Justiça e pediu reintegração de posse das instalações. Há uma mistura de reivindicações: campanha salarial de funcionários e professores, pedindo 16% de reajuste, reivindicação do sindicato de funcionários contra a demissão de um integrante e o protesto de alunos contra um curso a distância criado para professores. Além disso, outras demandas entram no discurso, como aumento de auxílio moradia e mais democracia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Universidade atrasa salário de professores e alunos protestam, em BH

Publicação: 05/06/2009 11:28 Atualização: 05/06/2009 11:30
Alunos da Universidade Vale do Rio Verde (Unincor) fazem uma manifestação na manhã desta sexta-feira na porta da instituição, no Bairro Luxemburgo, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Segundo os alunos, o protesto é contra a greve dos professores, que ocorre pela segunda vez nesse semestre, devido a falta de pagamento dos salários.

Cerca de 200 alunos trancaram com cadeados as portas da universidade e impedem a entrada e saída de qualquer professor ou funcionário. Ainda de acordo com os estudantes, uma carta pedindo respostas à administração da escola foi enviada à reitora da instituição, professora Joana Beatriz Barros Pereira, na última segunda-feira. Sem obter respostas, eles iniciaram a manifestação, que é pacífica.

A Unincor é particular e classificada pelo Ministério da Educação (Mec) como filantrópica, ou seja, sem fins lucrativos. Nesse tipo de instituição, todo o dinheiro recebido com a mensalidade dos estudantes deve ser usado para manutenção e investimento da universidade. Os alunos pagam de mensalidade, em média, R$ 2,5 mil pelas aulas na área da saúde.

Conforme o diretor-geral da unidade de Belo Horizonte da Unincor, Fernando Oliveira Souza, uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais mudou a diretoria da instituição, mantida pela Fundação Comunitária Tricordiana de Educação. A nova diretoria está reestruturando o setor financeiro da escola, a fim de cumprir com todos os contratos de pagamento.

Ainda de acordo com o diretor-geral, com a crise econômica e o aumento da inadimplência - que é em torno de 33 a 50% - houve dificuldade de conseguir crédito para pagar as dívidas. Nessa quarta-feira, a reitora conseguiu arrecadar verba e realizou o pagamento do salário dos professores do mês de maio. O pagamento das outras pendências financeiras já está sendo negociado com o sindicato da categoria. Souza acredita que até segunda-feira as aulas já estejam normalizadas.

Quanto à carta dos estudantes, Souza disse que o prazo dado pelos alunos à administração coincidiu com o fechamento do contrato de crédito para quitar a dívida com os professores. “Por causa disso, não conseguimos enviar aviso aos estudantes antes que eles iniciassem a manifestação”, afirma.

Reunião
Os alunos disseram que só vão terminar o protesto quando forem recebidos pela reitora Joana Pereira e obterem respostas às reivindicações. Uma reunião está marcada para as 16h com uma comissão de estudantes.

MEC reprova 17 cursos superiores de pedagogia por má qualidade

Agência Brasil


Publicação: 05/06/2009 16:59 Atualização: 05/06/2009 16:59
Dos 60 cursos de pedagogia e magistério que estavam sob supervisão do Ministério da Educação, 17 deles estão em fase de extinção da oferta, ou seja, não podem realizar vestibulares e receber novos alunos. Segundo o MEC, eles não atenderam às condições mínimas exigidas pela comissão de especialistas que avaliou as instituições.

De acordo com o ministério, em 12 dos 17 cursos, o pedido de encerramento da oferta foi solicitado pelas próprias instituições. Os outros cinco estão sob processo administrativo pelo não cumprimento de antigas determinações do MEC ou porque apresentaram condições insatisfatórias de qualidade do ensino oferecido.

O MEC está supervisionando 49 cursos de pedagogia e 11 cursos da modalidade normal que apresentaram conceitos insatisfatórios no Exame Nacional de Avaliação do Desempenho de Estudante (Enade). Uma comissão de supervisão visitou as instituições para verificar aspectos como o projeto pedagógico, a infra-estrutura e a composição do corpo docente.

As outras instituições que não tiveram que encerrar a oferta assinarão um termo de saneamento de deficiências pelo qual se comprometem a melhorar os aspectos que foram mal avaliados pela comissão, cumprindo as recomendações determinadas pela Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC.

Nas demais situações, as instituições responsáveis pelos cursos assinarão Termo de Saneamento de Deficiências, a partir do qual se comprometem a promover as melhorias estabelecidas pela Sesu, cumprindo as recomendações da Comissão de Especialistas, necessárias para que continuem em funcionamento. Três cursos foram excluídos do processo de supervisão porque a comissão verificou que as instituições atendiam às condições de qualidades exigidas pelo MEC.

Vestibular da Fuvest terá inscrições pela internet

Publicação: 06/06/2009 10:40 Atualização: 06/06/2009 10:40
As universidades paulistas divulgaram o calendário de seus vestibulares de fim de ano. As datas são definidas em conjunto para evitar coincidências entre os exames. A principal novidade é a inscrição para o exame da Fuvest, que pela primeira vez será feita via internet. “Há tempos buscamos um sistema seguro para que fosse possível fazer as inscrições pelo site. Só agora alcançamos uma técnica que garante a correta identificação dos candidatos. A mudança vai facilitar a vida deles”, disse o coordenador de comunicação da Fuvest, José Coelho Sobrinho.

As mudanças anunciadas por Fuvest e Unesp para seus vestibulares passam a valer nas provas do fim de ano. No primeiro dia da Fuvest, os alunos farão a redação e dez questões de língua portuguesa; no segundo, serão 20 questões interdisciplinares de todas as disciplinas do ensino médio. No terceiro dia, os estudantes farão 12 questões de duas a três disciplinas específicas, de acordo com a carreira escolhida.

O vestibular da Unesp passará a ser realizado em duas fases. Para valorizar a interdisciplinaridade, as questões serão organizadas em três eixos: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências da natureza, matemática e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias. Os aprovados para a segunda fase terão de responder questões dissertativas de todas as disciplinas. Com a mudança para duas fases, o Enem passa a representar 10% da nota final - antes era apenas 4% nos cursos em que não há provas de aptidão.

A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) definiu que a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá peso de 50% na nota final do candidato. Na Fuvest e na Unicamp, o resultado do Enem continua a ter peso de 20% na nota da primeira fase. Não será levada em conta a redação.

Na Unifesp, cada curso decidiu sua forma de adesão ao Enem. Dos 26 cursos, 19 vão utilizar o exame como prova única, e os outros sete, entre eles medicina, vão adotá-lo como primeira fase. O Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) não usará o Enem em seu vestibular.

Escolas públicas começam a escolher livros didático na segunda


Publicação: 07/06/2009 12:37 Atualização: 07/06/2009 12:38

O período para que professores e diretores de escolas públicas escolham as obras que serão usadas pelos alunos no período de 2010 a 2012 começa nesta segunda-feira (08/06). O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) vai oferecer publicações para estudantes do 1° ao 5° ano do ensino fundamental da rede pública. A escolha deve ser feita via internet, no site do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) até 28 de junho.

Segundo o fundo, os livros já estão adaptados ao novo acordo ortográfico. Para o 1° e o 2° ano do ensino fundamental, as obras a serem escolhidas são de letramento e alfebtização linguística e alfabetização matemática. Do 2° ao 5° ano, deverão ser selecionados livros de geografia, história e ciência. Língua Portuguesa e Matemática são as disciplinas disponíveis para os alunos do 3° ao 5° ano, além de obras de história e geografia regional para estudantes do 4° ou 5° ano.

Para orientar a escolha, o fundo elaborou o Guia do PNLD 2010 que traz um resumo de todos os livro didáticos disponíveis. O material foi enviado s escolas e também está disponível na internet.

A cada novo processo de escolha dos livros didáticos é comum a maioria dos gestores deixar para registrar suas escolhas no último dia do prazo, o que causa congestionamentos no sistema do FNDE. Para evitar o problema, este ano o fundo promove o concurso Escolha Premiada, que vai distribuir prêmios para as três escolas de cada município que mais rapidamente registrarem sua opção. Serão distribuídos 52 acervos com 559 obras do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE).

Projeto de R$ 100 melhora resultado escolar, diz estudo

Publicação: 08/06/2009 08:43 Atualização: 08/06/2009 08:56
Um investimento de R$ 100 por pessoa ajuda professores a ensinar melhor. Estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aponta que o Pro-Letramento, programa do Ministério da Educação (MEC), causa impacto no resultado da Prova Brasil em Estados que aderiram ao sistema. O trabalho, assinado pelos professores Marta Barroso e Luiz Carlos Guimarães, revela que, onde já houve treinamento da maior parte dos professores, os resultados na Prova Brasil de português e matemática de alunos da 4ª série podem ser mais do que o dobro dos obtidos em Estados do Sudeste.

O impacto da prova elevou, por exemplo, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Piauí de 2,8 pontos em 2005, para 3,5 em 2007. “O que vemos indica realmente uma forte correlação entre as duas coisas: os Estados com maior índice de melhora são justamente aqueles onde o programa, no momento em que os alunos faziam a prova, havia formado uma proporção maior de professores. No outro extremo está um Estado como Sergipe, o último da região a efetivamente aderir ao programa”, concluem os professores.

Esse não é o primeiro programa de educação continuada desenvolvido pelo MEC. Houve outras tentativas tanto neste governo quanto no anterior e, como as avaliações mostram, os resultados foram pífios. O impacto do atual programa ainda é pequeno, mas o estudo aponta que Estados que passaram por ele foram além dos demais. Criado em 2007, o Pro-Letramento forma tutores para treinar seus colegas. Cada tutor recebia até o ano passado uma bolsa de R$ 100, reajustada agora para R$ 600, e material para dar aulas e distribuir aos colegas.

“É um material que não faz opção por um método de alfabetização, mas mostra ao professor como a criança adquire a base alfabética e o que ele deve estudar com o aluno”, diz a secretária de ensino básico do MEC, Maria do Pilar Lacerda e Silva. O custo é a impressão do material didático - feita por licitação e em grande quantidade, tornando-o mais barato - e o pagamento das bolsas. No final, sai por menos de R$ 100 por professor treinado. Até agora, 260 mil docentes foram treinados e a intenção é chegar a todos os 685 mil professores das séries iniciais no País. O programa não tem prazo para acabar.